Sessão 12/21

Página 2/3 Funções e relações na empresa com o seu empregador

Funções e relações em cooperação com o seu empregador

O sucesso do acolhimento familiar depende muito da sua rede social, sendo a parte mais importante as relações com as autoridades que o empregam como família de acolhimento.

Tópico A: Cooperar com o assistente social

O assistente social é responsável por definir os problemas e as necessidades da criança em cooperação com os pais, selecionar o tipo de acolhimento e criar um plano de longo prazo para a colocação. Todas essas tarefas são definidas pela legislação no seu país. Assistentes sociais e famílias de acolhimento têm perspectivas muito diferentes sobre o acolhimento. O assistente social tem o dever de considerar a família biológica como um todo e frequentemente foca nos direitos e necessidades dos pais biológicos. Ele também está vinculado à legislação e decisões judiciais (como uma determinação do tribunal de que a criança deve retornar à família biológica). O seu caso de acolhimento é apenas um entre muitos que ele ou ela precisa gerir, e o tempo para contato com você pode ser muito limitado devido ao grande número de casos. Outra dificuldade pode ser a reorganização frequente do local de trabalho ou a mudança de função do assistente social. Isso pode dificultar o estabelecimento de uma relação de longo prazo e suficiente entre as autoridades e os pais de acolhimento.

Os pais de acolhimento têm uma visão diferente – eles estão naturalmente mais próximos da criança, conhecem os sentimentos e problemas dela e estabeleceram laços emocionais. Isso torna claro que as duas posições podem gerar ideias contraditórias sobre o que é possível e o que é “o melhor para a criança”. A tarefa profissional dos pais de acolhimento é entender essas diferenças de perspectivas e não interpretá-las como algo pessoal. Isso pode ser desafiador, mas pesquisas indicam que o melhor desenvolvimento da criança ocorre com uma boa relação e compreensão entre o assistente social e os pais de acolhimento.

SUGESTÕES PARA CRIAR UMA RELAÇÃO COM O ASSISTENTE SOCIAL

  1. Solicite ao assistente social um documento descrevendo suas tarefas e os objetivos mais importantes no trabalho com a criança em acolhimento familiar. Este documento facilitará para o próximo assistente social caso haja uma mudança na equipe.
  2. Pergunte ao assistente social que tipo de contato (e com que frequência) você pode esperar enquanto a criança estiver sob seus cuidados.

TÓPICOS PARA REFLEXÃO

  • Você teve uma reunião inicial com o assistente social que lhe deu uma compreensão clara do seu contrato, da natureza da tarefa e do que as autoridades consideram um bom resultado do seu trabalho?
  • Com que frequência você conversa com o assistente social, e seus diálogos levam a acordos e cooperação?
  • assistente social definiu com que frequência a criança deve encontrar os pais biológicos e como isso será conduzido?

Tópico B: Cooperar com os supervisores e/ou gestores da organização de acolhimento familiar

Em alguns países, uma unidade social oferece formação e supervisão para pais de acolhimento. Às vezes, eles também gerenciam o contrato relacionado ao acolhimento. Isso é feito por gestores ou supervisores de acolhimento familiar. A função dessas pessoas é: Ajudá-lo a desenvolver relações profissionais com a criança, refletir com você sobre problemas e soluções no dia a dia, e discutir como planejar e praticar o trabalho diário com a criança. Como a função deles é apoiar o seu trabalho e eles trabalham de perto com os pais de acolhimento, provavelmente estão mais familiarizados com a sua perspectiva sobre o acolhimento. Por isso, é importante ser o mais aberto possível e descrever também os desafios pessoais que você pode enfrentar no trabalho como pai de acolhimento.

TÓPICOS PARA REFLEXÃO, CASO TENHA UM SUPERVISOR

  • Como você se sente ao falar sobre desafios difíceis no relacionamento com a criança ou com os pais dela?
  • Como você se sente ao falar sobre desafios pessoais no trabalho com a criança ou problemas conjugais na família de acolhimento que podem afetar a relação de cuidado com a criança?

SUGESTÕES PARA CRIAR UMA RELAÇÃO PRODUTIVA COM O SUPERVISOR/GESTOR

  1. Antes das visitas do supervisor, pense ou escreva uma lista curta com os pontos mais importantes que você precisa discutir. Se possível, envie-a ao supervisor antes da reunião.
  2. Se você achar difícil falar sobre problemas pessoais que o afetam, diga ao supervisor. Quando se é pai de acolhimento, pode ser necessário discutir sentimentos muito pessoais, pois suas reações pessoais agora também fazem parte do seu trabalho profissional. Você e o supervisor devem ajudar um ao outro a definir os limites entre o que é privado e o que precisa ser discutido porque influencia o cuidado profissional.
  3. O trabalho de acolher uma criança pode ser muito difícil, e às vezes você pode se decepcionar com o sistema que deveria apoiá-lo ou discordar das decisões tomadas. Sugerimos que você comunique isso ao supervisor, mas também mantenha uma atitude realista e aberta apesar dos problemas. Conflitos entre pais de acolhimento e autoridades ou supervisores nunca beneficiam a criança a longo prazo. No entanto, você deve insistir gentilmente no apoio necessário para realizar seu trabalho.