Sessão 3/21

Página 3/6: Introdução ao tópico: Tópico A e Tópico B

Tema A: Trabalhando com paciência no período de transição

Os cuidadores tendem a subestimar quanto tempo leva para uma criança se estabelecer em novos ambientes e começar o processo de criar vínculos emocionais com os pais de acolhimento. Você deve pensar no primeiro ano como um período de transição, em que a criança gasta a maior parte de sua energia para se ajustar à sua nova situação. Quanto mais velha a criança for, mais tempo isso pode levar. A criança deve reorganizar todos os seus sentimentos e pensamentos, e isso é muito exigente.

Se os pais de acolhimento estiverem nervosos por não serem bons o suficiente, mas quiserem provar que são, podem focar apenas no progresso da criança e colocar muitas demandas sobre ela para ter um bom comportamento, esperando sinais de amor e um rápido progresso no desenvolvimento. É melhor pensar no primeiro período como um período de reparação: a criança precisa de descanso, conforto, acolhimento e tolerância. Ela está passando por uma crise.

Como pais de acolhimento, vocês podem ajudar a criança contendo suas reações – a criança pode estar constantemente estressada, muito irritada ou triste. Sua reação deve ser calma e gentil, e vocês não devem levar essas reações para o lado pessoal – elas são reações naturais a uma nova e difícil situação. Vocês também devem ser muito pacientes e não colocar muitas exigências ou expectativas sobre a criança. O mais importante é ajudar a criança a se acostumar com novos cuidadores e um novo ambiente; não foquem muito em ensinar muitas habilidades à criança durante o período de transição

Tema B: Evitar separações da criança e criar rotinas diárias seguras

É uma boa ideia não se separar fisicamente da criança nos primeiros meses – um dos pais de acolhimento deve estar sempre presente, e vocês devem pensar na criança como uma criança que precisa do conforto e da presença dos cuidadores tanto quanto uma criança pequena precisaria. Muitos pais de acolhimento relatam que seus filhos acolhidos entram em pânico apenas por serem deixados sozinhos por um minuto. Isso diminuirá com o tempo – às vezes leva muito mais tempo do que vocês imaginavam no início, então sejam muito pacientes.

Não é uma boa ideia fazer muitas atividades, viagens de férias ou convidar amigos ou familiares no início – isso tornará mais difícil para a criança se ajustar. Tentem ter muitos dias em que vocês estejam juntos sozinhos por boa parte do tempo e apenas façam coisas cotidianas antes de envolver outras pessoas.

No período de transição, a criança precisa aprender as rotinas diárias da família. Isso é uma maneira muito útil de tirar a criança de um estado caótico: repitam as mesmas coisas todos os dias no mesmo horário! Por exemplo, ler a mesma história para dormir muitas vezes pode ser uma ótima maneira de mostrar que sua casa oferece uma estrutura estável para viver. Para crianças mais velhas, realizar as mesmas tarefas e atividades todos os dias pode ser reconfortante. Pensem em quais tradições e pequenas atividades vocês podem criar na vida cotidiana para criar um mundo previsível para a criança.