Sessão 20/21
Página 6/7: Tema D: Desenvolvimento de competências práticas para crianças e jovensTópico D: Desenvolvimento de habilidades práticas para crianças e jovens
O Tópico D apresenta ideias e atividades para ajudar crianças e jovens a se adaptarem bem à vida na comunidade.
Da dependência para a autossuficiência
O que os estudos-piloto nos dizem sobre o desenvolvimento saudável após a mudança?
Os pais SOS desenvolvem habilidades para construir redes sociais. Alguns iniciam seus próprios pequenos negócios e participam de grupos de economia solidária, entre outras atividades. Para as crianças, a transição dos serviços e rotinas diárias do Vilarejo para a vida na comunidade pode ser um grande desafio inicial – elas precisam adaptar as habilidades aprendidas ao novo ambiente. Com o tempo, essa experiência as ensinará a se tornarem autossuficientes.
As crianças devem aprender rapidamente a se adaptar e têm muitas dúvidas sobre como fazer amigos e lidar com novas habilidades básicas: Como negociar o preço dos alimentos no mercado, como cuidar de animais, pegar um ônibus para a escola, como pagar uma conta, entre outros.
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As tradições africanas: Como as crianças aprendem melhor habilidades práticas
Nas culturas tradicionais dos vilarejos, as crianças aprendiam naturalmente habilidades diárias desde a infância. A agricultura era sustentável e valorizava o cuidado com o meio ambiente. As crianças observavam e imitavam as práticas dos adultos e irmãos mais velhos, ajudando conforme sua idade permitia. Não havia separação entre trabalho e lazer: cantar, dançar e celebrar as estações do ano faziam parte da rotina.
Como os pais SOS podem utilizar esse valioso conhecimento tradicional para ensinar habilidades sociais e práticas?
Combinando habilidades práticas e trabalho relacional
Na família de acolhimento, as crianças devem ser participantes ativas da vida diária da família. Isso não significa que devam fazer todo o trabalho doméstico. É importante encontrar um equilíbrio entre as tarefas, o trabalho escolar e o tempo de lazer para cada criança.
Ao ensinar habilidades diárias, os cuidadores podem aproveitar o momento para fortalecer o trabalho relacional. Para que as crianças se sintam seguras, é essencial conversar com elas sobre seus sentimentos, preocupações, sonhos e pensamentos. Dessa forma, elas aprendem as habilidades práticas de que precisarão após saírem do acolhimento e, ao mesmo tempo, desenvolvem um sentimento de orgulho e responsabilidade.
Aqui estão exemplos para ensinar bebês, crianças e adolescentes:
Treinar habilidades desde a infância!
Brincadeiras e diversão são os primeiros passos para aprender regras e habilidades. Esta mãe SOS usa a imitação para fazer um bebê se sentir seguro. Ela ensina a ele como imitar suas emoções e comportamentos e como interagir com outra pessoa. Isso faz com que ele sinta que tem uma base segura, para que, depois de um tempo, ele se sinta seguro o suficiente para explorar o mundo e praticar brincadeiras como jogar futebol.
Habilidades e jogos para crianças pequenas
Aqui está uma mãe SOS trabalhando com crianças pequenas. Ela as orienta em tarefas práticas e, ao mesmo tempo, mantém diálogos alegres com elas para que se sintam orgulhosas das novas habilidades que estão aprendendo – como lavar suas próprias roupas.
Além do treinamento de habilidades, ela também sabe que brincadeiras tradicionais fazem as crianças rirem e aproveitarem a vida. O brincar ajuda as crianças a desenvolver força física, controlar seus corpos, aprender a cooperação social e seguir regras simples. Aqui estão alguns jogos tradicionais africanos que você pode aplicar. (African games)
Habilidades e atividades para crianças mais velhas e adolescentes
À medida que as crianças crescem, o treinamento de habilidades é combinado com o aprendizado de valores morais e a preparação para a vida após o acolhimento, por meio da aprendizagem de ofícios úteis e de conhecimentos sobre proteção pessoal. Aqui, um pai experiente – que também é pai de acolhimento e parente cuidador – nos conta sobre a importância de orientar os jovens para a vida, sendo um modelo para eles.